Leitores ao redor do Mundo

sábado, 1 de maio de 2010

Não Interessa a ninguém, mas... O primeiro beijo entre a Mônica e o Cebolinha


Em mais uma prova de que o apocalipse se aproxima, depois de 40 anos a Mônica e o Cebolinha se beijaram pela primeira vez. O casal trocou o surpreendente ósculo (consulte o dicionário, Hackeando a Matrix também é cultura) no quarto número da série Turma da Mônica Jovem. Bem, o que falta agora? É... o fim do mundo está mesmo próximo.

A novidade dividiu os fãs da dupla. Já o criador Mauricio de Sousa parece estar tranqüilo. Ele decidiu mostrar os personagens na adolescência, entre batalhas mágicas e naves espaciais. O primeiro gibi, que foi lançado em agosto, com o traço baseado nos mangás japoneses, já vendeu mais de 500 mil exemplares, o que não deixa de ser uma marca impressionante.

Depois de anos trocando tapas e coelhadas, Mônica e Cebolinha chegaram ao novo milênio e resolveram partir para os finalmente. E, verdade seja dita, Mônica, em sua fase adolescente, deixou de ser uma baixinha gordinha para, digamos assim, surgir muito mais incorpada e carismática.

E tem mais: a versão sexy da Mônica é quem toma a iniciativa do beijo. Ela parte para o ataque é resolve descascar o Cebola. De acordo com Mauricio de Sousa o fato é normal. "Hoje, os jovens de 15, 16 anos paqueram, dão seus beijinhos e sentem atração. E, nesta nova fase da revista, a Mônica e o Cebola vivem na base de um flertezinho, uma paquera. Por isso, achei que estava na hora de a Mônica ter um momento de mulherzinha, mais crescida e ir para cima do Cebola com um beijinho."

Para quem ainda está em estado catatônico ao saber da novidade, saiba que as mudanças não param por aí. Cascão agora toma banho. Mas não sempre, é claro. Cebolinha se chama Cebola (o que prova que é mesmo difícil se livrar de um apelido de infância), e fez tratamento com uma fonoaudióloga para corrigir a pronúncia. Ele só troca o R por L quando está nervoso. A gulosa Magali dobrou o apetite mas faz exercícios aeróbicos para manter a forma. Por fim, a Mônica, depois do regime, está mais magra, mais segura, mais liberal e liberada.

Será que o gibi vai passar a abordar temas mais adultos ou pelo menos mais voltados ao público adolescente como sexo e drogas? O pai da Mônica desmente. "Vamos falar de tudo, de uma maneira elegante, ética, de preferência que seja também normativa. O que você quer para os seus filhos é o que eu quero também para os meus personagens."

Bem, talvez esse seja um erro. Afinal de contas, se é totalmente natural que existam versões "ultimate" de antigos super-heróis renovadas, por que não mudar a Mônica e o Cebolinha?

Então está mais do que na hora de mudar o conceito dos personagens. A Mônica pode ter alguma história passada em uma clínica de aborto. Aliás, se ela tivesse um filho com o Cebola ele se chamaria Xis (xis-cebola, perceberam? captaram?).

A Magali também deveria mudar, ela passaria a sofrer de bulimia. Seu sonho poderia ser participar de algum Big Brother da vida. Quanto ao Cebola, ele poderia escutar Amy Winehouse no ipod e envolvido com drogas (aquele cabelo em pé nunca enganou ninguém...).

E o Cascão? Bem, dizem as más línguas que ele até passou a tomar banho virou jogador de futebol, foi pentacampeão mundial e hoje resolveu jogar no Corinthians... Outra opção, seria transformar ele em um bad boy marrento viciado em anabolizantes. Claro, depois do banho ele usaria aquela famosa marca de desodorante que atrai todas as mulheres do mundo.

Parece pouco tem mais. Já que a moda é mudar os personagens, o simpático cachorro Bidu pode se transfomar em um feroz pitbull. Claro como se trata de um mangá, ele seria um cão ninja, ou um cachorro samurai...

Agora, se a moda realmente pegar, seria interessante ver a Mafalda do Quino virando uma estudante de sociologia e eleitora do partido comunista ou o Calvin, que na adolescência deveria trabalhar como atendente do Mac Donald's tentando emplacar algum sucesso de sua banda de trash-metal. Enfim, é melhor deixar para lá... 

Nenhum comentário: